Roteiro de viagem: Buenos Aires – Argentina

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Nessas férias decidimos viajar para Buenos Aires, Argentina.

Como Marianna já conhecia, ficou a cargo dela montar um roteiro (e não decepcionou nem um pouco). Utilizamos milhas do programa Smiles para as passagens e acabamos pagando apenas as taxas.

Partimos do RioGaleão, pelo Terminal 2, com destino ao Aeropuerto Internacional de Ezeiza.

Estacionamento no Aeroporto ou taxi?
A primeira dica é ainda no Rio: Acesse o site do aeroporto e calcule o valor do estacionamento de acordo com o período da viagem.
Dependendo do período, vale mais a pena deixar o carro estacionando lá do que solicitar Uber ou Taxi. Levando em conta, obviamente, a comodidade de poder sair a qualquer momento do aeroporto sem ser roubado ou enrolado por algum taxista.

Dólares, Pesos ou Reais?
Sobre dinheiro, lemos várias dicas de que não valeria a pena comprar Pesos (Moeda vigente na Argentina), no Brasil.
Seria melhor levar Reais e trocar no Banco de la Nación Argentina. No próprio aeroporto, você pode trocar. O banco possuí uma agência dentro do aeroporto. Quando chegamos a cotação estava 1 Peso para R$ 4,60. Não precisa trocar todo o dinheiro que levar consigo, já que em alguns lugares é possível pagar diretamente com Reais (até Dólares).
Os Argentinos tem o hábito de transacionar / guardar outras moedas (principalmente Dólares). Existem, em alguns pontos da cidade, casas de câmbio e até mesmo pessoas, na rua, oferecendo compra / venda de Peso. Faça por sua conta e risco. Nós preferimos comprar no banco nacional e comprar algumas coisas diretamente com Reais.
E várias vezes paguei restaurantes e cafés com cartão de crédito. Mesmo com IOF, ainda achei que valeu a pena.

Como sair do aeroporto?
Marianna já tinha levantado que a melhor forma de sair do aeroporto era utilizando os carros da Taxi Ezeiza, os mais confiáveis. Há um quiosque dentro do aeroporto e você já paga pelo serviço ali mesmo. Para nosso destino, foram 700 Pesos.
Você pode agendar transfer também, mas não sei os valores.

Clima?
Argentina nessa época do ano tem uma temperatura muito agradável (pelo menos para nós :P), girando por volta de 17 graus. Leve uma roupa mais quente… Somente no último dia a previsão era de que o tempo iria “fechar” e chover, porém só pegamos dias ensolarados. Perfeito.

Que hotel escolhemos?
O Hotel escolhido foi o Callao Suites.
Era um apart-hotel bem espaçoso, onde você tinha a sua disposição geladeira, fogão, mesa, talheres, copos, taças, etc.

O Check-in deve ser feito às 14 horas e, diferente dos EUA ou do Brasil, eles não deixaram nos acomodar antes desse período. Chegamos no hotel por volta de 13 horas mas deveríamos aguardar até as 14 horas para entrar no quarto. Um ponto bom é que eles permitem que você deixe suas malas guardadas em segurança, então pudemos dar uma volta e almoçar sem carregar as malas. O mesmo serviço de guarda de malas é oferecido no Check-out (sempre sem nenhum custo).

Gostamos muito das acomodações. O ponto alto era a cama King Size. Uma coisa que me incomodou é que o hotel fornecia café da manhã de uma forma que não estamos acostumados: Vouchers para serem usados em uma cafeteria perto, a Bonafide (tem uma rede de lojas na Argentina).
Mas voltando ao ponto que me incomodou (nada absurdo, convenhamos), foi o fato de ter somente uma opção, no café da manhã: “café con leche con 3 medias lunas”. Para quem não sabe, Media luna é basicamente um croissant, porém a massa é um pouco diferente. Mais detalhes sobre Media luna, aqui.

Tendo em vista que deveríamos aguardar o horário de check-in, aproveitamos para almoçar.

Um dos restaurantes que Marianna tinha colocado na Lista, era o El Club de la milanesa. Esse restaurante possui algumas lojas pela cidade e ela tinha anotado o endereço de uma delas, porém, para nossa sorte havia um bem em frente ao hotel. O restaurante tem boa comida, aceita cartões e o atendimento foi bem legal, porém lento.

Aliás, o atendimento de restaurantes argentinos, no geral, foi lento. Não sei se estou “mal acostumado” com o serviço brasileiro.
Se o atendimento um pouco mais lento acabou sendo um ponto negativo, por outro lado, no geral eles se esforçam para, pelo menos, falar “portunhol” ao perceber que você não é nativo, o que foi bem legal.
Ao final da refeição, tentamos achar algum lugar para comprar um chip pré-pago. Afinal, precisamos fazer check-ins no 4sq, ou stories no Instagram (casal conectado) :P

E a internet?
Sobre internet, só localizamos uma empresa (Personal) no Aeroporto e tentaram nos “empurrar” a compra de um chip + plano de internet e ligações por $ 400 Pesos. Bom, para quem não sabe, a Argentina está com a moeda muito desvalorizada frente ao Real ( 1 Peso ~ R$ 4,6) e mais ainda comparado ao Dolar (1 Peso ~ U$ 17), por isso, não se assuste com as cifras, mas é bom ficar de olho.

Sobre o Chip, achamos o valor muito caro e acabamos por esperar comprar um Pré-pago em um Kiosco ou banca de Jornal.

Kioscos? O que é isso?
Há praticamente um ou dois kioscos, em cada rua. Kioscos são lojas que vendem chocolates, águas, cigarros, etc. e, geralmente, possuem um totem onde é possível comprar créditos para qualquer operadora (Personal, Claro, Movistar, etc). Porém eles não vendem Chips (??). Compramos um Chip por 40 Pesos em uma banca de Jornal em frente ao Hotel e no Kiosco inserimos alguns Pesos. Na Movistar era possível inserir, por exemplo, 30 Pesos (~ R$ 7) por 300 Mb a serem utilizados em até 3 dias. Ainda sobre internet, a maioria dos restaurantes oferece internet wireless. Basta pedir a senha.

Após o almoço e a saga pelo Chip, voltamos para o Hotel para Check-in e nos prepararmos para o único evento agendado do dia de chegada: O jantar com o show de Tango no Tango Porteño.

<3

Marianna tem um dom muito melhor que o meu de escrever e deu mais detalhes sobre essa parte da viagem, aqui. Passa lá e leia o que ela escreveu! :)

Da minha parte, o que posso dizer é que valeu muito a pena. Marianna tinha comprado o evento pela decolar.com e estava incluso:
– Transfer (ida e volta para o hotel);
– jantar com entrada, prato principal e sobremesa; bebida liberada (bebemos vinho a noite inteira!)
– E o show propriamente dito, com quase 2 horas de apresentação.

Antes do jantar, alguns dançarinos e fotógrafos oferecem tirar fotos para posteriormente te cobrar algo em torno de 400 Pesos por foto.
Se você gostar da foto, é uma lembrança legal.
Não estava inclusa a gorjeta. O garçom nos informou, que se achássemos que tínhamos sido bem atendidos, poderíamos pagar.

No dia seguinte, não utilizamos os vouchers de café da manhã, porque estava em nossa lista conhecer o Gran Cafe Tortoni. Basicamente, a Confeitaria Colombo Argentina :P

Cafe Tortoni

Eles tem um menu extenso e ficou difícil de escolher algo (porque tenho uma mentalidade gorda!). Além do fato de termos ficado na dúvida se comeríamos algo próximo de café da manhã ou almoço, já que mantivemos a tradição de sair tarde do hotel, quando estamos viajando :)

Após o Café, fomos dar um giro pela Cidade e conhecer alguns pontos como a Casa Rosada.

Casa Rosada

Uma das vantagens do Hotel em que ficamos, era a localização dele: foi possível caminhar por muitos lugares sem gastar dinheiro com taxi ou Uber. Mas essa dica é válida se você, assim como nós, curte andar pelos lugares.

Mais para o meio da tarde, chegamos a Puerto Madero, um bairro mais nobre e renovado de Buenos Aires, com uma marina e, em cada lado das margens existem vários restaurantes legais.

Puerto Madero

Depois de caminharmos por quase toda a extensão, acabamos optando pelo Bahía Madero. Esse restaurante é um pouco mais caro porém fomos muito bem servidos e muito bem atendidos. E, como diz a Marii, se uma tem uma coisa que Argentino sabe fazer (além de alfajor e vinho), é acertar o ponto da carne! Uma observação sobre carnes, é o corte delas. Você não irá encontrar picanha, etc. Pelo menos não com esse nome ou tipo de corte. Mais detalhes, aqui. Ainda sobre o Bahía Madero, o valor final da conta deu mais de 1000 Pesos, porém convertendo (se eu ganho em Reais, conversão direta vale), está dando algo próximo de R$ 180. O que, para 2 pessoas no Brasil, não é tão absurdo.

No dia seguinte, acordamos (tarde novamente rs), e tomamos o café oferecido pelo Hotel no Bonafide e partimos para caminhar pela cidade.

O roteiro do dia consistiu em:
Cementerio de la Recoleta. Sim, visitamos um cemitério! :)
Personalidades Argentinas, como a Eva Perón, ex-primeira-dama da Argentina, estão enterrados lá.

Plaza de las Naciones Unidas. No meio da praça existe a Floralis Genérica. Um lugar muito bonito para dar uma relaxada. Muitas pessoas estavam deitadas pela grama.

Jardín Japonés: Um lugar lindo demais. Reserve algumas horas para passear pelo local.
O preço da entrada são 95 Pesos ( ~ R$ 20).
Possuí restaurante e lojinhas para comer algo.

Ao final desses passeios, decidimos ir ao Las Cabras, um restaurante que nos foi sugerido.
Fomos andando até o lugar e no meio do caminho achamos o Distrito Arcos. Teoricamente um Outlet (na minha opinião, preços altos).
Sobre o restaurante, o menu é variado e os preços BEM mais em conta.
Uma dica: o menu não informa se são pratos para uma ou duas pessoas, porém duas pessoas conseguem comer tranquilamente um! Infelizmente (ou felizmente rs), descobrimos isso somente quando os pratos chegaram. Isso, porque já tínhamos pedido algumas linguicinhas e pão de entrada (e havíamos repetido). :P
Um ponto negativo desse restaurante foi o de não terem aceitado cartão de crédito, embora a máquina de cartões estivesse em cima do balcão… O que nos deixou meio chateados.
Quando decidimos ir embora, já era noite e pedimos um Uber para voltar para o Hotel. É super tranquilo pedir Uber (ou Cabify) em Buenos Aires. Mas fique de olho na taxa dinâmica, as vezes eles “somem” e a taxa sobe.

No dia seguinte, fomos na Feria de San Pedro Telmo, antes passando pela Plaza del Congreso, porém ela estava fechada para obras.

A feira ocorre todos os domingos e é enorme! Você pode encontrar artesanato, antiguidades, etc e vários expositores aceitam Reais como pagamento (com eles o peso passava para: 1 Peso para R$ 5).
Se você for correr toda a feira, vai gastar um bom tempo. Se quiser descansar um pouco e for adepto do Starbucks, como nós, tem um bem localizado na praça. :)

A próxima parada do dia era o Caminito e posteriormente, La Bombonera (A visita ao estádio fico devendo para uma próxima viagem :P).

Caminito

Uma observação: vá de taxi / uber / Cabify para o Caminito e não a pé. Essa dica foi dada até por locais. Apesar da impressão de que Buenos Aires é mais segura do que Rio de Janeiro, isso não se aplica a 100% da cidade, e o Caminito fica na área mais periférica da cidade.
A região do Caminito estava bem cheia, provavelmente por ser final de semana, e estava agradável de caminhar.

Lá você pode encontrar à venda roupas, doces, entre outras coisas. Reserve algum tempo para olhar todas as lojas / boxes.
Se quiser almoçar pelo Caminito, existem vários restaurantes com mesas pela rua “principal”, porém nenhum deles estava aceitando cartões e por isso decidimos voltar à região de La Recoleta (perto do cemitério). Lá, já tínhamos visto vários restaurantes.

Optamos pelo Clark’s e pedimos a famosa parrilla argentina, um prato parecido com o famoso churrasco misto brasileiro, porém com outras carnes.
O restaurante não é muito caro e o prato não decepcionou. Aceitam cartões! :)

Ao final, atravessamos a rua e fomos no Recoleta Mall/. A idéia era comprar alfajor na Havana!! <3
Aliás, em Buenos Aires as lojas que você poderá encontrar em quase toda esquina: Starbucks, Havana e Kioscos…

Na volta para o hotel, ainda paramos em um Carrefour para comprar algumas garrafas de vinho. Sim! Precisávamos comprar alguns Malbecs :) e não nos decepcionamos em comprar no mercado, após lermos algumas dicas de bons vinhos por preços em conta. Para se ter noção, 5 garrafas de vinho deram algo em torno de R$ 100. Somente uma delas, olhando por alto na internet, sairia a R$ 50.

A noite terminou no hotel, com uma garrafa de Latitud 33. :)

O último dia em Buenos Aires foi mais livre. Como tínhamos que liberar o quarto 10h, acordamos cedo (as malas já estavam praticamente fechadas desde a noite anterior), e nos preparamos para descer.

Como o voo estava agendado para 17h, teríamos ainda um bom pedaço do dia para fazer algo. Eu já havia agendado um carro do Uber para 13h30, logo, deixamos as malas na recepção do hotel e fomos caminhar.

Aproveitamos e paramos para comprar mais algumas coisas em uma Milka Store e em uma Havana <3

Também conhecemos:
Monumento a los Caídos en Malvinas

Torre Monumental

Estación Retiro

Após o passeio retornamos ao Hotel, aguardamos alguns minutos e o carro da Uber chegou e nos levou ao aeroporto. Chegamos no horário desejado, apesar de algumas manifestações pela cidade, que fez com que tivéssemos que desviar nossa rota para o aeroporto. E ainda encontramos o balcão da Gol fechado enquanto uma manifestação ocorria dentro do saguão do aeroporto! Mas nada de preocupante ocorreu. Fizemos nosso Check-In e despacho das malas e fomos para a área de embarque.

O resumo é que a viagem foi sensacional. Andamos bastante, tiramos bastante fotos, comemos bem e guardamos boas lembranças.
Não sei se indicaria uma viagem dessas para pessoas com crianças (pelo menos não daria certo fazer como fizemos, andando bastante a pé…). Não espere, apesar do câmbio estar nos favorecendo, que seja uma viagem barata. Os valores gastos com refeições foram comparáveis a restaurantes médios para cima, do Rio (que não são baratos).

No mais, curta a cidade! Vá a um show de tango, prove os doces, vinhos e carnes argentinos, visite os pontos turísticos! E você irá encontrar, no geral, pessoas satisfeitas e empenhadas em te entender mesmo que você não fale uma palavra de espanhol!

:)

Gramado, RS – Roteiro de viagem

Gramado é um lugar muito bonito e merece pelo menos 5 dias para aproveitar a maioria dos museus e parques (e acredito que não consiga ir a todos com o devido tempo). Vou passar aqui algumas dicas.
Algumas peguei com amigos outras fui observando ao longo da viagem.

A distância do aeroporto de Porto Alegre é de aproximadamente 120 km. As estradas entre Gramado e Porto Alegre são boas, porém existem dezenas de radares limitando a velocidade entre 50 km/h (lombadas eletrônicas), 60km/h e 80km/h (com radares móveis ou ocultos).
Reserve umas 2 horas e meia no mínimo para o deslocamento de ida e outras tantas para o retorno.

Alugue um carro.
Definitivamente é a melhor opção para se locomover entre tantos parques. Utilizei a Infinit Auto Locadora, uma locadora local que ofereceu um bom preço por um Logan (Em torno de R$ 90,00 com quilometragem livre), além do preço, fui muito bem atendido tanto na recepção quanto na entrega do veículo. Quando cheguei em Porto Alegre, o carro já estava me esperando no aeroporto e entreguei o carro no mesmo lugar. As regras da locadora eram bem simples: entregar o carro como ele foi me entregue, limpo e com tanque cheio. No caso da higienização, eles te cobram antecipadamente R$ 25,00 e te devolvem se o carro estiver limpo (coisa difícil de ocorrer, porém o valor é justo). Para quem nunca alugou carro, fica a dica de fazer um checklist completo ao pegar o carro, marcando batidas, arranhões e tudo que o carro já tiver de defeito para que não seja cobrado depois. Eu, por exemplo, pedi para marcar até as calotas arranhadas (vai que…)

Existem algumas opções de estrada entre POA e Gramado. Tome cuidado com as opções possíveis no GPS:

Na ida, por exemplo, usei o NDrive que me jogou por fora das estradas com pedágio (OK até aí, mas o problema é que cai em uma estrada de terra…).

Saímos do aeroporto bem cedo e o Voo (da Gol) que pegamos não oferecia nenhum alimento, logo, se estiver com fome, coma algo no aeroporto mesmo. Não vi muitas opções no começo da BR-116.
Na estrada, paramos na Tenda lancheria, um lugar bem simples, porém legal. Pedimos um misto quente… No sul eles não comem misto quente com presunto como no Rio, usam linguiça ou salame.

Optamos pelo Hotel Alpestre. O café da manhã deles é sensacional e as instalações também. Eles possuem piscina externa, térmica, quadra de tênis, recreação infantil, spa… Enfim.
Alpestre

Gramado possui centenas de restaurantes. Impossível conhecer todos em uma viagem só. Vou falar dos restaurantes (e parques/museus) que visitei.

O Restaurante Petit Brasil foi a primeira parada. Aceita cartões. Lugar bonito e agradável; Comida gostosa e preço levemente salgado. Aliás, Gramado não prima pelo preço baixo no quesito alimentação, porém você é sempre muito bem atendido e se sente satisfeito com os pratos.

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Um passeio legal é no Lago Negro que tem pedalinhos no formato de cisne e caravela. Preço (pagamento somente em dinheiro) varia entre R$20 e R$30, dependendo da opção (caravela, cisne, etc). O Lago tem bom espaço para pedalar e algumas lojas no entorno; É um lugar tranquilo.

Largo da Borges é tipo um mini shopping e fica ao lado do Palácio dos Festivais. O ponto alto é a Gelateria veneta. Lá vende gelato… E é muito, muito, muito bom! Vá!

Achamos um rodízio de pizzas (o rodízio só funciona à noite), chamado Vale quanto pesa. Excelente! Atendimento muito simpático, comida boa, clima agradável e um preço justo.

Na estrada entre gramado e canelas fica o Mamma Mia. Prepare-se para comer muito.Vá com fome! Oferecem rodízio de massas, porém antes, uma sopa de capeleti (excelente) fora saladas, galeto, etc. Sai rolando… nem consegui comer a sobremesa, já inclusa. Aceita cartões.

Em frente ao Palácio dos Festivais fica a Rua Coberta, também na Borges de Medeiros. Vale escolher um restaurante lá. Tem várias opções. No último dia, escolhi o Beiruth. Eles servem um entrecot para dois que tem um preço muito bom e a comida também é muito gostosa. Aliás, entrecot seria filé. O lugar aceita cartão. Sugiro ficar na parte de dentro do restaurante.

Como a Borges de Medeiros tem muitas opções, vale deixar o carro por ali e andar pela rua.
Em Gramado, para estacionar, você encontra as Zona Azuis em algumas ruas. Basta observar as placas e as delimitações de vaga. Caso você estacione em uma dessas vagas, procure por perto um parquímetro. Sim, em Gramado não há flanelinhas! Mas existem “monitores”. Eles basicamente verificam o estacionamento e trocam dinheiro em papel por moeda, já que os parquímetros só aceitam moeda. O aparelho irá imprimir um papel com o tempo de estacionamento. Coloque no para-brisa do carro. Você pode ficar parado por até 3 horas (dependendo do quanto inseriu de dinheiro).
Algumas ruas laterais não tem zona azul, então pode-se estacionar sem problemas, desde que respeite as sinalizações.
Dica: Respeite SEMPRE a faixa de pedestres! Sempre! Não vi sinais de trânsito lá (e muitas rotatórias). E as faixas de pedestres são respeitadas. Se um pedestre fizer uma menção de atravessar, pare o carro.
Também não vi blitz porém, se estiver dirigindo, uma opção é o suco de uva ao invés do vinho. É muito mais gostoso do que o vendido aqui no Rio. É natural, puro e sem açúcar! Delicioso. Vou procurar onde vende aqui no Rio desses.

Mini Mundo
Vá ao Mini Mundo! É excelente passeio e um preço justo. Vai gastar umas 2 horas ou mais, dependendo de como você quer visitar e/ou fotografar cada mundo apresentado lá. Só aceita dinheiro

Outro passeio muito bom é a visita ao GramadoZoo: Um zoológico muito bom que te leva para bem perto dos animais. Alguns ficam soltos perto de você. Atenção: somente animais da fauna brasileira, logo, nada de elefantes, camelos, hipopótamos, etc.

Visite também o Parque Gaúcho: Conta a história, criação e costumes Gaúchos. Você pode comprar os ingressos (Zoo mais Parque Gaúcho) na mesma bilheteira, em frente ao zoo, porém pegue o carro para ir ao Parque Gaúcho, já que é uma boa distância de se andar… Eu fiz os 3 passeios (Mini Mundo, Zoo e Parque) no mesmo dia. Tanto o Zoo quanto o Parque Gaúcho aceitam pagamento em cartão.

No mesmo dia, escolhemos o Restaurante Nonno Mio para almoçar.
O restaurante é 10! O galeto e as massas são excelentes e o atendimento também é muito bom. Aceita cartões.

Se quiser um lanche, o Skillo lanches tem preços bem honestos e os lanches são legais, porém o x-burguer é feito de carne de boi e não hambúrguer, como no Rio. Matheus não gostou… O Bauru é enorme e gostoso, mas veio com um molho de tomate em cima… Achei que não ficou muito bom. Aceita cartões.

Mundo a vapor
Visite o Mundo a vapor. Fica na estrada entre Gramado e Canela. O lugar é muito legal. Você vai conhecer ou entender melhor como funciona uma usina termoelétrica, hidroelétrica, etc.
Aliás, na estrada estão vários dos museus e parques que visitamos (Mundo a Vapor, Mundo Encantado, Hollyqood Dream Cars)…

Existem 4 lugares que valem a visita e que se forem interessantes para você, vale comprar os 4 ingressos de uma vez:
Dreamland Museu de cera: Se você já foi no Madame Tussauds, vai achar esse museu fraco. Acho ruim o fato de não deixarem tirar fotos das estátuas (afastadas por fitas). Irão te oferecer fotos no barco com Jack Sparrow, No Salão Oval e com o Homem Aranha. Como os ambientes são legais, você acaba escolhendo algumas e comprando.
Harley Moto Show: Basicamente, muitas Harleys expostas, mas você não pode encostar nelas, infelizmnete.
Hollywood Dream Cars: O melhor dos 4 museus na minha opinião. Muitos carros clássicos como Cadillacs!
Super Carros: Carros esportivos da atualidade. Você pode até dar uma volta em uma Ferrari, por exemplo. Eu não tive “coragem” de dar R$300 para andar alguns minutos e acompanhado por alguém…

Separe um dia ou dois dias para ir para Canela (e adjacências). Canela é bem mais simples que gramado e tem alguns restaurantes com buffet com preços mais baratos porém bem mais simples… Se quiser comprar chocolates, existem dezenas de lojas na estrada entre gramado e Canela. Existem também dezenas de parques em Canela. No meio da cidade fica a Catedral de Pedra. Linda.

Cascata do Caracol
Visite o Parque do Caracol. Você terá visão da queda d’água. Existem um mirante gratuito que tem uma boa visão. Existe também um observatório ecológico (que fica uns 30 metros acima do mirante gratuito), acessado por um elevador, mas esse é pago. Não vale a pena, ainda mais se quiser tirar fotos decentes já que ele é envidraçado.
No parque existem restaurantes, um trenzinho (com uma visita a uma vila dos Imigrantes). Uma escadaria (escadaria da perna bamba) de 927 degraus que te leva para a base da Cachoeira. O equivalente a um prédio de 36 andares. Só vá se tiver disposição e lembrar que terá que subir tudo de novo…

O Alpen park (também em canelas) é bem legal. Eles possuem arvorismo, escalada, tirolesa, montanha russa entre outras coisas. A mais maneira é o trenó. Vá nele! Aceitam cartões.

Florybal
Outro parque muito legal é o Florybal. Fica na estrada que leva ao Parque do Caracol. Estacionamento gratuito. Aceita cartões. Prepare-se para andar (e muito) pelo parque. Tem parte de dinossauros, índios, religioso. Se estiver com crianças é parada obrigatória.

O Parque Mundo encantado (aceita somente dinheiro) é um parque no estilo do Mini Mundo porém bem menor. Eles tem 5 maquetes reproduzindo Gramado (e Canela) em suas criações.
Uma maquete muito linda da história de Jesus também está exposta.

A Aldeia do Papai Noel (aceita somente dinheiro) tem a casa do Papai Noel (e o bom velhinho faz plantão lá para tirar fotos), uma fábrica, mirante voltado para a estrada Gramado-Canela, renas de verdade, um monorail que liga a fábrica até a casa do Papai noel (R$ 10 por pessoa. Não vá a não ser que queria muito…)
Na loja, dentro da aldeia, você pode pegar um pedaço de madeira e escrever nele seus desejos. Depois, pode colocar na árvore dos desejos.

Leve dinheiro porque várias lojas, parques e restaurantes só aceitam dinheiro. Existem alguns bancos como Santander (No Centro de Gramado) e CEF (No Centro de Canela).
O tempo em Janeiro é me pareceu meu instável por que quase todos os dias chovia (pouco) e abria um sol de rachar a cuca. Talvez isso explique por que muitas lojas sempre tinha capas de chuva para vender. Porém, mesmo como sol, bastava ir para uma sombra que estava bem fresco e agradável. É bom levar um agasalho porque do nada pode cair um pouco a temperatura.

Acho que a metade de janeiro para frente é a melhor, já que entre Novembro e o meio de Janeiro ocorre o Natal Luz, onde a cidade fica bem cheia e os preços de estadia são muito mais altos. Na época em que fomos restaurantes e parques estavam bem vazios.

[Piada] Um dia de merda…

Aeroporto Santos Dumont, 15:30 . Senti um pequeno mal estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas . Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão. ” Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo .” O avião só sairia as 16:30.

Entrando no ônibus, sem sanitários . Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto. Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil, falei: “Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro”

Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda . O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante:

“Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1 hora, devido à obras na pista .” Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele . E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado .

Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que da vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada . Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal .

Mas sem dúvida, a situação tava tensa . Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei sério : ” Cara, caguei.” Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou – me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle . ” Que se dane, me limpo no aeroporto ” – pensei . “Pior que isso não fico .” Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte . Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda . Desta vez, como uma pasta morna.

Foi merda para tudo que e lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés . E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade . E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar, afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava todo cagado . Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa . E me caguei pela quarta vez .

Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca , mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pelos do rabo junto . Mas era tarde demais para tal artifício absorvente . Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada .

Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas.

Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei a falta de papel higiênico em todos os cinco . Olhei para cima e blasfemei: “Agora chega, né ?” Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço ) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia .

Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o ” check-in ” e ia correndo tentar segurar o vôo . Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte . Ele tinha despachado a mala com roupas . Na mala de mão só tinha um pulôver de gola “V”. A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus .

Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis . Minha cueca , joguei no lixo . A camisa era história . As calças estavam deploráveis e assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda . Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10

Teria que improvisar . A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnifica máquina de lavar . Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água..

Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu . Estava pronto para embarcar . Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calcas do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola “V”, sem camisa . Mas caminhava com a dignidade de um lorde.

Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando ” O RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO” e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria . A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo . Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: ” Nada , obrigado . Eu só queria esquecer este dia de merda !!! “

Tiradentes, MG – Roteiro de viagem

Viajamos no feriado de Nossa Senhora Aparecida para Tiradentes. A viagem do Rio para lá é um pouco longa, mas acredito que a forma mais acertada de ir é de carro, já que os pontos turísticos são mais afastados uns dos outros e para quem tem pouco tempo para curtir a cidade, de carro você consegue visitar mais pontos rapidamente.

Algumas observações de localização:
– Do Rio para Tiradentes são quase 340 quilômetros (dependendo de onde você saia);
– Eu levei na ida quase 6 horas para chegar, mas tive problemas como chuva, indisposição do meu filho e paradas consecutivas. Na volta foram 4 horas, levando em conta uma parada para lanche e descanso;
– Para chegar em Tiradentes, pegue a Av. Brasil sentido Campo Grande, entre na Washington Luiz e siga sentido Petrópolis, pela BR-040 até Juiz de Fora. Em certo ponto, a estrada deixará de ser BR-040 para BR-265. Siga nessa estrada até Tiradentes se orientando pela placas que primeiro indicarão Juiz de Fora, depois Santos Dumont, Barbacena e por fim Tiradentes e São João Del Rei;
– Na BR-040 prepare seu bolso: Entre a Washington Luiz e Três Rios serão 3 pedágios (atualmente cada um sai por R$7,50) ida e volta;
– Assim que sair da BR-265, você já estará em Tiradentes, basta seguir por essa avenida (Av. Gov. Israel Pinheiro) alguns poucos quilômetros até encontrar a linha férrea e praticamente já estará no Centro da cidade.
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Clima:
Talvez por ficar colada a Serra de São José (que me pareceu mais uma parede gigante), o clima em Tiradentes é de dia agradável a quente e noites frias. No hotel por exemplo, nem usamos ventilador ou ar condicionado a noite. Pelo contrário…
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Bancos:
Cuidado, na cidade só existe Itaú e Bradesco. Na lotérica, que fica no Largo das Forras você pode utilizar os serviços da Caixa Econômica. Outros bancos somente em São João Del Rei e não são todos.
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Estadia:

Existem muitas pousadas e hotéis na cidade. A maioria no estilo rústico. Ficamos na Pousada Serra Vista que atendeu as expectativas, porém achei que a gerência estava se descuidando na parte externa da pousada, mas nada absurdo.

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Pontos turísticos:
Na cidade existem várias igrejas, museus, restaurantes, praças para se conhecer. A maioria das atrações são acessíveis ou de graça (acesso a museus e igrejas) e vale a pena conhecer para se ter noção de um pouco da cultura deixada da época do império;
O centro histórico, diferente de outras cidades como Paraty, pode ser atravessado de carro (só cuidado porque a rua é de pedra e cascalho e muito ruim para a suspensão do veículo, então trafegue com cuidado);

Santuário da Santíssima Trindade (1810). Fica mais distante do Centro, porém tem uma bela visão e um lugar muito calmo;

Igreja Matriz de Santo Antônio (1752). É a principal igreja da cidade. Paga-se R$3,00 pela entrada e não é permitido foto do lugar;

Museu Padre Toledo (1777). Tem várias peças de arte da época de Tiradentes e um calabouço onde escravos ficavam trancados. Esse calabouço, por sinal, é muito deprimente e dá tristeza só de lembrar um pouco do passado obscuro do Brasil e o museu está em péssimo estado de conservação em alguns pontos;
Chafariz de São José (1749). Abastecia a cidade com água potável e servia para lavar roupas na época.
Igreja de São Francisco de Paula (1718). Uma das várias igrejas fechadas para visitação. A vista de um belo pedaço da cidade é a atração do local.

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Restaurantes:
Na cidade gostamos de alguns restaurantes como Vovó & Cia; Restaurante da Mercês (comida caseira muito boa) e Sapore D´Italia (massas e vinhos)

Existe também um passeio que todos falam de trem com uma Maria Fumaça, um trem de 1919 feito nos EUA.
O passeio em si é caro (R$30,00 por cabeça incluindo ida e volta), demora 35 minutos entre mato, pastagens e lagos que liga Tiradentes a São João Del Rei, porém, se resolver fazer, procure um dos guias que oferecem seus serviços ainda na estação de Tiradentes. Por algo entre R$20,00 e R$30,00 por cabeça, eles te levam para um passeio de até 01 hora e 30 minutos em São João Del Rei para conhecer várias igrejas e contar histórias muito interessantes. Nós fizemos esse passeio “rápido” de van e valeu muito a pena pelas histórias e cultura. E convenhamos, foi melhor do que não ter o que fazer lá até a hora de saída do trem de volta para Tiradentes.
Uma das atrações enquanto você espera o trem ficar pronto para seguir viagem, é giro necessário para fazer o trem virar para São João Del Rei. Isso é feito manualmente pelos funcionários utilizando uma rotunda.

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Alguns pontos turísticos de São João Del Rei:

Catedral Basílica N.S. do Pilar: Uma das mais ricas em ouro e uma das poucas que permitem que você fotografe a vontade. Não é cobrado nada para entrar e é uma das igrejas mais lindas que já conheci;
Igreja de São Francisco de Assis: Sustenta um belíssimo lustre em cristal Bacarat e tem obras de Aleijadinho. Uma das mais belas Igrejas também;

– Solar da Baronesa de Itaverava e Solar dos Neves: Belos solares (entenda como solar uma casa que possua varanda para visualizar o sol).

Outro ponto muito legal de ter feito o passeio com um guia, foi ter ouvido alguns causos que explicam algumas expressões usadas por nós hoje:
– Dizia que não havia, na época, molde para fazer telhas e por isso se usavam as coxas dos escravos como moldes. Isso explica um “trabalho feito nas coxas”;
– Na época que Portugal ainda comandava, o Rei solicitou que todos os “de posses” enviassem para Portugal, ouro, para que Lisboa fosse reconstruída. Aos que contribuiram, foi pedido que colocassem duas linhas onduladas, abaixo do telhado, em suas casas: Eira e Beira. Quem não havia contribuido, era alguém “sem eira nem beira”;
– Na época havia também algumas procissões, que na verdade eram apenas para roubar o ouro da localidade. Os ladrões colocavam por dentro das imagens, ocas, todo o ouro roubado e assim passavam pela cidade sem ninguém desconfiar. Era o famoso “santo do pau oco”;
Entre outros causos…

De volta a cidade de Tiradentes, vá as compras se você se interessa por arte. Existem várias lojas com todo dia de arte. Aproveite e dê um pulo em Bichinho (Fica uns 5 quilômetros para dentro da cidade) e lá você terá várias lojas de oficinas de arte muito legais. Só fique atento para os preços. Em Tiradentes, encontrei um peça que a Soraya gostou custando R$180 em uma loja e a mesma peça por R$35,00 duas lojas abaixo. Aliás, indico a loja de fábrica Toque Mineiro, fica no Largo das Forras (centro de Tiradentes) lá você tem blusas, imagens, e arte no geral por um preço bem mais em conta que todas as outras lojas e todo o material é de excelente qualidade, o que me fez pensar porque as outras lojas cobram tão caro por produtos iguais…

No caminho para Bichinho, passe pelo Museu do Automóvel da Estrada Real, dezenas de carros raríssimos e antigos estão em exposição, a entrada é apenas R$5,00 e você pode ler sobre os veículos e tirar fotos a vontade.

Uma coisa me deixou triste foi ver que alguns pontos como o Museu do Padre Toledo, um poço de cultura, está caindo aos pedaços e me parece que conta apenas com a contribuição dos visitantes (o ingresso é R$3,00 por pessoa). É triste ver que a cultura do seu país está se desintegrando e os governantes não cuidam desse patrimônio.

Bom, acho que era isso que eu queria passar. Em uma escala de 0 a 10 para essa viagem, eu dou 9. E é certeza de volta a Tiradentes.